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O turismo que a gente não vê: como micro empresários ganham com o turismo - 27/05/2013
Viver do turismo e para o turismo. É desse jeito que mais de 9 milhões de brasileiros vivem. O setor é responsável por empregar milhares de pessoas e alavancar a economia dos destinos. E quem pensa que só os grandes segmentos geram lucro aos empresários, se engana. Dentro dos 52 segmentos turísticos, há oportunidades para todos, inclusive para os micro empresários, que a cada dia têm investido pesado nesta grande indústria, gerando empregos e renda horizontalmente
Dados da Confederação Nacional do Turismo (CNTur) revelam que existem cerca de 2 milhões de empresas diretamente ligadas ao setor. Hotéis, locadoras de veículos, restaurantes, artesanato, centros de compras, salões de beleza são alguns exemplos.
O vice-presidente do ES Convention & Visitors Bureau (ESC&VB), Cláudio Cardoso, revela que o turismo capixaba gera benefícios em todos os segmentos envolvidos. “É um setor forte no estado, que, com certeza, continuará em expansão. Existem muitos capixabas que vivem do turismo e são bem sucedidos”.
Por isso, é importante que haja investimento na divulgação e promoção do Espírito Santo como destino turístico, pois quanto mais turistas visitarem o estado, maior é a procura e a movimentação financeira.
MERCADO
Você consegue imaginar uma empresa de café faturando com o turismo? A empresária e representante da Arte Café no estado, Geiza Risso, conta que o segmento em que atua, de alimentação, é impactado diretamente com o aumento de turistas. Ela fatura como fornecedora de máquinas e de sachês de cafés gourmets para eventos, restaurantes, hotéis e centros de convenções, por exemplo. “A expectativa é que o setor cresça, o que certamente nos trará excelentes resultados”.
A comercialização de souvenirs é outro exemplo de demandas do setor. A artesã Amália Queiroz produz camisetas e aventais com motivos capixabas e explica que qualquer pessoa que visita um destino turístico tem interesse em conhecer um pouco mais sobre a cultura e a tradição do local.
“Confecciono camisetas e aventais estampados com a receita da moqueca capixaba e os comercializo por todo o estado. A demanda é grande, os turistas realmente se interessam e querem, além de conhecer, levar uma lembrança de uma tradição do destino para casa”, afirma Queiroz. Ela garante que é uma opção com boa saída, já que a famosa panela de barro fica muitas vezes inviável de levar em viagens.
O presidente do Convention Bureau, Alfonso Silva, conta que o turismo distribui oportunidades.
“De hotéis a restaurantes, de artesãos a salões de beleza, dos vendedores de picolé a taxistas... todos saem ganhando com o turismo, que é uma das atividades mais horizontalizadas e que não geram qualquer tipo de agressão ao meio ambiente. O turismo realmente é o tipo de indústria em que o empresários podem investir e que os empregados podem se capacitar. Há mercado e cada dia mais demanda”, afirma.
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